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segunda-feira, 26 de abril de 2010



Como ser um bom ministro

Ler Atos dos Apóstolos 18,24-26

Apolo tinha grande capacidade de expressão e conhecia as Escrituras. Quem ouvia sua pregação ficava envolvido e atento. Mesmo assim, um dia, Áquila e Priscila lhe ofereceram mais uma ajuda. Apolo aceitou a ajuda e foi instruído pelo bondoso casal. Graças a sua atitude de humildade aprendeu o que lhe faltava e deu uma ajuda ainda maior à comunidade.
O exemplo de Apolo nos ensina que, para ser um bom Ministro da Palavra não basta boa vontade, o dom de falar bem, o conhecimento da Bíblia… Mas é preciso humildade e desejo de aprender tudo quanto possa contribuir no desempenho de nossa tarefa. E esta apostila tem este objetivo: ser “Áquila e Priscila” para ajudá-lo a cumprir melhor seu ministério.

Falar com Deus, mais que falar com Deus.

Bom ministro da palavra é aquele que melhor sabe escutar o Senhor: escuta a mensagem no silêncio do seu coração, na oração e na contemplação. Não adianta falar bem de Deus, sem antes ter falado com ele. Caso contrário, a pregação não passará de uma propaganda de televisão… O bom ministro da palavra não repele sempre a mesma coisa, não fala aquilo que gravou na memória ou ouviu em outra pregação… Mas sempre se pergunta: como eu posso dizer isso de forma diferente? Bom Ministro da Palavra é aquele que ajuda a comunidade a produzir bons frutos!

Os caminhos da pregação da palavra.

O bom Ministro da Palavra fala porque tem algo a dizer, o mau porque tem que dizer algo. Ler Hebreus 1,1-2ª. É preciso buscar e encontrar as diferentes formas pela qual Deus se comunica. Maria recebeu a palavra e ela se fez carne em seu ventre e em seu coração. Ela foi capaz de escutar a Palavra e crer no impossível. Ele é nosso modelo: escutar e crer na palavra, para depois entregá-la ao mundo.

Para ser um bom ministro da Palavra deve-se beber em quatro fontes:

1. Fontes da Natureza: Encontrar a Deus por meio do que ele criou – Romanos 1 20-21. A natureza são as pegadas que nos indica a grandeza do criador. Quem não é capaz de admirar as coisas criadas é como um cego: incapazes de perceber as cores e as formas.
2. Fontes do gênero humano: cada pessoa, por si só, é a presença de Deus na pessoa humana, na sua história, não é capaz de descobri-lo em nenhuma outra parte. Leia o Salmo 8. Por causa da grandeza do ser humano, devemos sempre anunciar que Deus se faz presente em cada um de nós. E também devemos denunciar tudo o que destrói a dignidade das pessoas. Para valorizar a capacidade criativa do ser humano, podemos utilizar a beleza das músicas, lembrarem refrões apropriados na hora da homilia… Também de grande ajuda são as biografias, as histórias da vida de pessoas que em vários campos da vida se tornaram exemplo. Mas não se pode alongar ao contar histórias. É preciso saber ser sintético, falando o essencial. Além disso, o pregador sente o sofrimento do seu povo, sofre com ele e pior isso é capaz de iluminar as situações da vida com a palavra de Deus buscando e indicando caminhos de superação, resgatando a esperança.
3. A fonte da palavra de Deus e o magistério da Igreja: na homilia não pregamos o que pensamos de Deus, mas comunicamos o que Deus diz de si mesmo. Mas não se deve fazer isso complicando as palavras e idéias, mas de forma simples. Para isso é preciso pegar o texto bíblico e ler, ler, ler… “Aonde iremos, Senhor, só tu tens palavras de vida eterna!” Lembremos-nos sempre que a interpretação da Bíblia pertence à Igreja. Nós não temos a livre interpretação. Por isso é preciso que o ministro da palavra utilize os instrumentos de reflexão bíblica (matérias de apoio) que a Igreja (matérias de apoio) coloca a nossa disposição. É preciso preparar-se para fazer a homilia. Além disso, os documentos da Igreja são de grande valia para nosso aprofundamento. Quem não se preparar está desrespeitando a palavra de Deus e a comunidade. É preciso aprender aos pés de Jesus.


COMO SE DEVE ORGANIZAR UMA REFLEXÃO

Preparar-se para fazer uma reflexão é uma atitude de quem tem fé – é um testemunho de quem busca.

1 – Motivação inicial: Animar as pessoas para que escutem a mensagem. Ela deve captar atenção de todos e estar de acordo com a reflexão que vai fazer. Uma boa motivação é sempre curta: “Hoje vamos aprender da Palavra de Deus que…”; “A Palavra de Deus para nós hoje…”; “Hoje, Deus tem uma mensagem especial para cada um de nós” – Na motivação deve-se transmitir vigor, entusiasmo e interesse.
2 – Aprofundamento: Lembrar, rapidamente, o sentido da liturgia daquele dia, os textos lidos, localizando-os na História da Salvação, fazendo uma ligação entre eles, até chegar ao ponto que se quer aprofundar (que já deverá ter sido definido no momento da preparação para a homilia). Deve-se ter cuidado para que a reflexão siga uma linha e não fique como uma borboleta, “passeando” pelos textos bíblicos ou idéias soltas.
3 – Compromisso de vida: Destacar os compromissos decorrentes de nossa fé e da Palavra que estamos refletindo. Em que situações concretas de nossa vida esta reflexão se aplica? Quais devem ser nossos compromissos diante da reflexão proposta nessa liturgia? Que mudanças precisamos fazer acontecer no dia a dia de nossa vida na sociedade?
4 – Resgatar a esperança: Mostrar que é possível vivenciar os compromissos que Deus pede de nós. A Palavra, o mandamento de Deus não é um peso para nós. É possível viver e construir a vida querida por Deus…
5 – Resumo: Breve resumo da reflexão feita, destacando alguns pontos fortes. Pode-se escolher uma frase de acordo com a reflexão, um versículo dos textos lidos ou um refrão de uma música para que todos guardem no coração e na vida.
6 – Oração: Pode-se terminar a reflexão com uma pequena oração, uma entrega da comunidade a Deus, um momento de silencio para que a reflexão possa ecoar no coração, um gesto, um refrão, etc.


ALGUNS CUIDADOS PRÁTICOS…

1 – Apresentação física: A falta de cuidado com a apresentação pode ser um obstáculo à aceitação da mensagem: roupa sem botão ou com manchas, aparência descuidada, tipo de roupa. (Fazer a homilia de bermuda ou de chinelo pode parecer falta de respeito às pessoas que nos ouvem).
2 – Reconciliar-se com Deus: Se a apresentação exterior é importante, muito mais será a interior. Podemos nos perguntar: com que motivação eu me disponho a fazer uma reflexão?
3 – Tempo: Programe-se antes de fazer a homilia. Leia os textos bíblicos. Leia outros materiais. Faça um pequeno resumo. Não se preocupe em falar tudo, em tirar todas as mensagens possíveis do texto. Escolha apenas um aspecto e aprofunde-o.
4 – Os olhos: São às janelas da alma e são essenciais na pregação. Olhe para as pessoas, para os da frente e para os de traz, não fale de cabeça baixa.
5 – A voz: Fale por você mesmo. Não queira imitar ninguém. Aumente a voz e abaixe-a, fale lentamente e suave o que deseja destacar, de acordo com a reflexão. Jamais grite! Saiba colocar ênfase onde é necessário. Não fale sempre com a mesma tonalidade, isso cansa! Cuide para não repetir sempre> Entenderam? Né? Verdade? Faça um teste com você mesmo: grave sua reflexão e perceba seus vícios de linguagem ou peça a alguém que faça as observações necessárias. Essas são atitudes de quem quer crescer sempre.
6 – O rosto: É preciso suavizar os músculos da fase. Não de deve fazer homilia mal-humorado.
7 – As mãos: O pregador deve sentir em suas mãos cada frase que diz. Elas devem desenhar o que estamos dizendo, mas de forma natural. Movê-las com suavidade, elegância e ritmo, sem gestos bruscos e ofensivos. Jamais fale com as mãos nos bolsos.
8 – O corpo: Todo o corpo comunica uma mensagem.
9 – Os pés: Coloque-se de pé e cuide para não pisar no cabo do microfone.
10 – Você não deve: coçar-se / tirar alimentos dos dentes / ficarem batendo com algum objeto (caneta) / recostar / mudar a voz bruscamente / chorar.
11 – Aprenda a usar o microfone: Cuide para que o som esteja bem regulado.
12 – Controle de tempo: É possível fazer uma boa homilia com dez ou doze minutos. Basta preparar-se bem, não ficar dando voltas e não querer falar tudo numa homilia.
13 – Depois de sua reflexão, faça uma avaliação pessoal e se pergunte em que posso melhorar?

LIDERANÇA E MUDANÇA

Passos para a mudança e o crescimento

James C. Hunter nos apresenta 4 estágios no processo de crescimento e mudança:

1 – Sofrimento: Muitos de nós precisamos de um atrito ou desconforto ou insatisfação para sair da “Zona de conforto”. E a dor é uma motivação para a mudança. Ela pode nos indicar as áreas nas quais necessitamos desenvolver melhor nossas habilidades.
2 – Percepção: Refletir sobre nossa condição. Perceber os “sintomas” e suas conseqüências que reclamam determinadas habilidades. Compreensão de que a mudança é difícil, mas é possível. Resgatar a esperança em si mesmo.
3 – Vontade = Intenção + ações: Intenção de mudar + disposição de aceitar os esforços necessários para alcançar os objetivos com ações concretas. Tomar a decisão!
4 – Mudança: é o resultado de comportamentos sistemáticos praticados por um determinado tempo. Essa é a verdadeira mudança. “Quando você melhora um pouco a cada dia, coisas grandes começam a ocorrer. Não procure por melhoras rápidas e grandiosas, busque a pequena melhoria, um dia de cada vez. É o único modo para que aconteça – e, quando acontece, dura.” John Wooden – Treinador de basquete.


PRINCÍPIOS DA GESTÃO (PETER DRUCKER)

I. Ela trata com seres humanos: capacita-os pactuar em conjunto, efetivar suas forças e reduzir suas fraquezas.
2. Está inserida na cultura, pois ela trata da integração das pessoas em um empreendimento comum.
3. Toda organização requer compromisso com metas comuns e valores compartilhados.
4. A gestão capacita a organização e cada um de seus componentes a crescer e a se desenvolver à medida que mudem as necessidades e oportunidades. Toda organização é uma instituição de aprendizagem e de ensino. Gestão é aprendizado constante.
5. Numa instituição, cada um assume aquilo que lhe diz respeito, colaborando com todos. Para isso é necessário: comunicação e responsabilidade.
6. As instituições não lucrativas também necessitam de indicadores para avaliar seu desempenho, medindo questões específicas de sua missão.
7. O resultado de uma instituição está no seu destinatário: no caso das escolas seu destinatário é o aluno que aprendeu algo que usará no correr da vida.

A gestão ganha importância no momento em que se faz a ponte entre o desejo e a realização, a proposta da missão e sua efetivação. Quanto mais desafiadora e complexa uma situação, mais será necessário liderar, organizar, empreender, planejar, executar, avaliar, aprende!

“Se o amor muda as pessoas, e ele muda me parece natural que Deus seja a fonte de crescimento e mudança – porque Ele é Amor. Em outras palavras: quando nos esforçamos para ter um comportamento amoroso, Deus tem a oportunidade de atuar na vida de quem dá e de quem recebe.” J.Hunter.

2 comentários:

  1. MIM AJUDOU A REFLETIR NAS MINHAS PALESTRAS DA COMUNIDADE, REALMENTE NAO SABIA COMO ME DESTACAR PERCO A VOZ FICO NERVOSA E TREMULA GAGUERJANDO ENFIM COMPLETAMENTE DESCONTROLADA.AGORA VOU SER REALMENTE O QUE QUERO.OBGD

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