Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, Capital, Brazil
TEL:11-27372733 CEL:11-984375418

Cursos

Curso Teológico

HISTÓRIA DA IGREJA

Introdução

Vamos estudar a historia da igreja Muiherrhead diz, o cristianismo histórico é resultado do evangelho atuando num mundo de homem e que a historia eclesiástica e a atuação desse resultado. Assim para compreender o cristianismo é preciso não só estudar, também a influencia do cristianismo no mundo e vice e versa. Em certos períodos o cristianismo secularizou-se e paganizou-se. Para compreender o resultado dessas influencias, o estudante da historia eclesiástica terá de estudar a historia do mundo em que o cristianismo se desenvolveu.
A história da igreja e o seu valor
O estudo da história é por todos  considerado como elemento valiosíssimo na cultura. A historia eclesiástica é tão Universal que a historia da humanidade seria incompleta e incompreensível sem ela. Sem o conhecimento da historia da igreja cristã em todos os seus aspecto e relação é impossível entender a atual condição do cristianismo agora com inúmeras seitas, sistemas doutrinários, e varias formas de organização, vida e adoração. A historia da igreja nos mostra o sofrimento do povo de DEUS, modo heróico que  ele tem lutado e triunfado. Levando-nos a considerar refletidamente as experiências da vida cristã, comuns a todos os tempos e lugares. O estudo da historia eclesiástica nos da a oportunidade de estudar através de longos períodos de tempo, o desenvolvimento das grandes doutrinas do cristianismo.Quase a totalidade das pequenas seitas procedem de ignorância da historia eclesiástica o estudo do cristianismo contribui poderosamente para unidade cristã. Um conhecimento da historia da igreja é essencial a qualquer tratamento de teologia sistemática.
Os historiadores diferem consideravelmente  o historiador Newman dividiu em sete períodos:
1.                 Do nascimento de Cristo ao fim da era apostólica 4 a.C. – 100 a.D.
2.                 Do fim da era apostólica á conversão de Constantino. 100 – 323 a.D.
3.                 Da conversão de Constantino á fundação do Santo Império Romano por Carlos Magno 323 a.D. – 800 a.D.
4.                 Da coroação de Carlos Magno lX Imperador Romano ao inicio da revolução protestante 800 a.D. – 1551 a.D.
5.                 Do inicio revolução protestante a paz de westfália 1517 – 1648.
6.                 A era de denominacionalismo moderno  1648 – 1910.
7.                 O movimento ecumenista  de  1910  ate agora.
Do nascimento de Cristo ao fim da era apostólica  4 a.C – 10 a.D.
Jesus Cristo nasceu no período  6 – 4 a.C.na cidade de Belém na Palestina, como estava dito na plenitude dos tempos. De fato o cristianismo foi favorecido pela região e pelo amor em que nasceu. Ele nasceu na plenitude do Império Romano, que constituiu o mundo civilizado de então. O Império tinha cem milhões de habitantes no território que se estendia ao derredor do mar mediterrâneo.
O mundo na época de Jesus
Alguns fatos notáveis podem descrever aquela época. O Império Romano unia uma grande parte do mundo em uma só unidade. Fazer viagem era fácil por causa desta unidade e por causa das estradas construídas pelos romanos.  Eles governavam com justiça relativamente havia paz. Era um governo universal. A língua grega dominava como uma segunda língua, apesar da língua latina e outros idiomas do mundo. Então era uma língua universal. Jesus era herdeiro da longa historia judaica num só Deus, os judeus estavam espalhados em todo o território romano e sua fé num só Deus, já tinha influenciado muito dos gentios, assim fornecendo a terra fértil para a semente do evangelho. Apesar de haver muitas religiões e filosofias, o mundo pagão estava vazio da segurança espiritual. Muita incredulidade existia a respeito dos deuses pagãos mas nada aprecia para encher o vácuo. Assim o mundo estava pronto para a recepção de uma nova religião.
O ministério de Jesus e dos seus discípulos
Jesus começou o seu ministério publico no ano próximo ao 27 a.D. e foi crucificado cerca de 30 a.D. pode-se  dividir o ministério publico de Jesus, da seguinte forma.
1.      Seu ministério na Judéia, dado somente por João e que inclui alguns dos atos e ensinos mais importantes.
2.      Seu ministério na Galiléia a escolha dos doze, dado principalmente pelos sinóticos, com paralelos em João.
3.      Continuação do ministério na Galiléia até a partida para Jerusalém.
4.      Seus  ministério na Peréia em caminho para Jerusalém.
5.      A semana da paixão.
6.      Quarenta dias entre a ressurreição e a Ascensão.
Jesus principalmente limitou seu ministério aos judeus na Palestina, e passou todo esse tempo treinando e ensinando seus doze discípulos. Mas depois da ressurreição e antes da ascensão, deu ordens que forneceram a direção do cristianismo.depois do dia do pentecostes o ministério dos apóstolos e de outros crentes começou em Jerusalém, e depois expandiu-se para os Judeus fora de Jerusalém, e mais tarde aos samaritanos. Posteriormente expandiu-se aos estrangeiros simpatizantes do culto de Deus, e os seus cultos. O evangelho se espalhou até Roma, mas não há evidencia de que o apostolo Pedro tomou parte na organização da igreja de Roma.
Cristianismo primitivo e puro
Agora consideramos alguns pontos da crença e pratica da igreja primitiva, ou seja Cristianismo do NT. O Cristianismo do NT ensina que a salvação vem através da fé simples em Jesus Cristo, nada é requerido exceto a obra regeneradora do Espírito Santo. A fé salvadora é uma experiência instantânea com Cristo, nenhuma organização externa, boa obra, sacerdote humano, rito religioso, é necessário para habilitar um homem para vir a Cristo e receber o dom gratuito do salvação. O Cristianismo do NT também ensina que uma igreja é um corpo de pessoas que nasceram dinovo, batizados e já possuem o Espírito de Jesus. Os oficiais deste corpo local eram dois, era chamado de bispo ou pastor ou presbítero, ou ancião e ou ministro. As ordenanças eram duas o batismo e a ceia do Senhor. Todas as igrejas eram do mesmo nível e cada uma possuía uma autoridade de governar-se a se mesmo, sem interferência de fora. Um dos líderes principais da expansão do Cristianismo foi o apostolo Paulo, convertido pela visão no caminho de Damasco, de uma vida de perseguidor para uma vida de missionário de Jesus. Era muito eficaz estabelecer igreja na Ásia menor e na Europa, morreu como mártir em Roma no ano de 68 d.C. Entre a morte de Paulo e o final do século o Cristianismo espandiu-se mais para parte Ocidental do mundo, ao derredor do mar mediterrâneo. Uma razão deste movimento para o Oeste, foi a que a Palestina no ano 70 d.C. ocorreu a destruição de Jerusalém pelo Romano Titos, esta queda marcou a destruição do templo e a cessação dos sacrifícios dos Judeus. Os crentes de Jerusalém e da Palestina foram espalhados no mundo inteiro. A tradição diz que o apostolo João se mudou para Éfeso, parece que os outros foram espalhados nos centros Ocidentais em que Paulo já havia fundado trabalhos fortes. A história do movimento do Cristianismo no centro da Europa Britânia e o Norte da África.  O século findou com muitos crentes no mundo, fervendo no entusiasmo pelo evangelho, sobrevivendo apesar das perseguição das igrejas puras em doutrina, fiel na prática. Mais as nuvens de heresias, corrupção e divisões estavam no Oriente.
O desenvolvimento interno do Cristianismo durante o século II e III, há duas coisas que caracterizam a vida do Cristianismo nesta época.
1 – As perseguições por fora;
2 – As Lutas pela preservação da pureza interna.
Perseguição por fora: O império Romano apenas tolerava a religião dos povos conquistados enquanto ela não tentasse fazer o prosélito, então o Cristianismo era considerado religião ilícita, uma vez que empregava todos os conhecimentos possíveis para fazer adeptos. O Cristianismo devido a sua tendência de tornar-se universal e viver independente do estado foi considerado pelas autoridades romanas para quem o estado era tudo como elemento pernicioso as instituições do império.  A determinação dos cristãos de separarem-se do mundo, levou-os a  serem considerados ateus, inimigos dos deuses da humanidade, assim incorrendo no maior crime da época. Também as reuniões noturnas que realizavam na calada da noite e as relações mais íntimas que mantinham entre si, deram lugar para que os acusassem de libertinagem. Tudo quanto era mau exemplo, desastres naturais, tragédias lhes foram atribuídas, e essas más reputações deu origem as mais cruéis perseguições.
As lutas pela preservação da pureza interna: Durante esta época apareciam seitas entre as igrejas que na verdade era para diluir o Cristianismo, eram reforços por parte de alguns para misturar o Cristianismo com outras religiões e outras idéias fora do Cristianismo.
Os Ebionitas: esforço para diluir o Cristianismo com legalismo, apareceu nos tempos apostólicos e continuou a existir durante aproximadamente 250 anos. Ebionitas significa pobre, era aplicado aos novos cristãos os quais de ordinário eram pobre de bens matérias. Passou depois a designar o partido Judaico, no primeiro século permaneceram os ebionitas, em comunhão com os cristãos.
No segundo século porém foram repudiados passando então a formar uma organização distinta, suas doutrinas de mais relevo eram:
a-     Um Deus verdadeiro e criador do universo e autor da lei mosaica;
b-     Jesus o Messias, porém não divino;
c-      Rejeitaram a Paulo como apóstolo e autor inspirado, e veneraram a Tiago e Pedro.
d-     Os primeiros ebionitas eram as setas e exaltaram um ardor a virgindade cujo autor predileto era Tiago irmão de Jesus. Os mais modernos proclamavam a excelência do casamento cujo herói era Pedro;
e-               E elevaram o batismo a um plano de grande importância, criam que Jesus foi adotado pelo pai, como seu filho no ato do batismo e proclamavam a regeneração pela fé e batismo.
Os Gnósticos: esforços para diluir com filosofia, os gnósticos floresceram durante o segundo século na Síria, no Egito, na Ásia menos, e etc... Como os ebionitas procuraram reduzir o Cristianismo a molde Judaico, o gnosticismo procurou reduzir ao molde  pagão, eles rejeitaram todo VT e todo NT com exceção dos escritos de Paulo. As crenças do gnosticismo foram arborizadas  em sistemas por Simão Mago, um Judeu nascido em Alexandria cerca ano 20 d.C . Os gnósticos sustentavam que DEUS era Espírito absoluto e causa de todo bem, enquanto a matéria era completamente maligna. Afirmavam que o universo era uma mistura de Espírito e matéria. Em referência ao homem diziam que era uma mistura do bem e do mal e dividiam a humanidade em três classes: hílicos, eram absolutamente incapaz de salvação; psíquicos, que possuíam uma lama e eram capazes de salvação parcial; e pneumáticos ou gnósticos, dotados de alma e capacidade de salvação completa. Os mais modernos dessa seita aproximavam-se bastante do evangelho, e em razão disso ensinavam que a redenção era efetuada através do conhecimento revelado por Cristo, um dos mais elevados, vêem sobre Jesus  mero homem no ato do seu batismo, tendo deixado antes de sua crucificação, ensinavam ainda que todos os espíritos serão finalmente livres da matéria e subirão com os remidos para plerona, onde habitarão para sempre, ao lado disso, negaram a realidade do corpo, do sofrimento e da ressurreição, ressurreição do corpo. Filho negou a veracidade do castigo futuro, do inferno, do diabo, alguns dentre eles eram sinceros ou libertinos. Durante a segunda parte do século terceiro, o gnocismo tornou-se muito agressivo, sendo espalhado por todas as igrejas cristãs, influenciando os mais inteligentes membros. O gnosticismo gradualmente realizou a mistura do Cristianismo com o paganismo e assim formulou a base de muitas seitas, cada qual proclamando a igreja verdadeira de Cristo. Também aqui temos a base para a formação da igreja Católica Romana.
Os Maniqueus: esforço para diluir com outras religiões, esta seita era inteiramente oposta ao Cristianismo, que constituiu no enxerto do elemento do budismo e do Cristianismo na velha religião de zoroastro. Foi fundada no começo do século terceiro por  Mani, natural da Mesopotâmia. Foi proclamada como sendo o único Cristianismo verdadeiro, a  crença era assim:
a.      Um dualismo absoluto, rejeitava o VT e tudo do NT que se referia ao judaísmo;
b.      O mundo é uma mistura de dois elementos, luz (divindade) e as trevas (corrupção);
c.      O homem foi criado pelo princípio das trevas para vencer o espírito..... .do sol. É composto de alma na natureza, de reino de luz e corpo na natureza do reino das trevas, e assim é dominado por duas forças opostas. O objetivo da aparição de Cristo no mundo. (a manifestação corporal era somente uma aparência) para ajudar o bom princípio do homem vencer o mal.
d.      Os Maniqueus estavam divididos em “ouvinte   s” e “perfeito”. Praticavam o mais absoluto ascetismo e rejeitavam o casamento, sendo os sacerdotes de Deus entre os homens. Os  “ouvintes” eram a classe sacerdotal. Estes dois grupos estavam organizados em igrejas independentemente, guardavam o domingo, celebravam o batismo com óleo e a ceia apenas com pão, mas com muita pompa cerimonial. Os “perfeitos” eram admitidos aos ritos de batismo e a ceia que eram feitas em segredos.
e.      Pode se dizer que os maniqueus estimularam:
O espírito ascético nas igrejas, com o desprezo do casamento e exaltação da virgindade;
A sistematização da doutrina Cristã para combater essa heresia;
A introdução das cerimônias pomposas nas igrejas;
O desenvolvimento do sacerdócio e a crença de que os ministros da religião, em virtude de seu oficio, são intermediários entre DEUS e os homens;
A introdução nas igrejas da doutrina das indulgências.
A luta Com Pareceres Inadequados de Cristo e da Trindadade
Jesus fez a pergunta aos discípulos: que dizem os homens ser o filho do Homem? A resposta de Pedro, não interrompeu a pergunta, sendo feita durante os séculos seguintes. Os Judeus criam que DEUS é um só. Mais o NT descreveu o Cristo como DEUS e o Espírito Santo como DEUS. O Cristianismo do século segundo provocou esta pergunta: “como Cristo encarnado pode ser DEUS, sem afetar a unidade do próprio DEUS?” 
Apresentamos 05 opiniões que tentavam dar a resposta:
1 – Um grupo negou que Jesus fosse  o filho eterno de DEUS. Este grupo se chamava “alogoi” (não a palavra). Negou que Jesus era a palavra de DEUS, expressão de DEUS na trindade. Jesus era (dizia eles), um grande professor, mas não divino.
2 – O segundo grupo, afirmava que Cristo nasceu como mero homem. DEUS o adotou na hora de seu batismo “Este é meu filho amado em que me comprazo”, e o abandonou na cruz (Deus meu, porque me desamparaste?).
3 – O terceiro grupo, Cristo era divino, mas subordinado ao Pai. Este ponto de vista eliminava a necessidade da trindade, porque Cristo sendo divino era menor que o Pai.
4 – Quarto grupo, interpretavam que Cristo era somente um outro nome para DEUS. DEUS o Pai, foi encarnado, assim não foi o Pai do céu. Quando Cristo ascendeu ao céu, era o Pai ascendente de novo. Na descida do Espírito Santo, o Pai  voltou a terra.
5 – Quinto grupo, o ponto de vista ortodoxo, Cristo era a substância (entidade espiritual) com o Pai, e a identificação das três pessoas da Trindade não afetava o monoteísmo do VT.
A Luta Contra o Abaixamento de Alto Nível dos Requerimentos da Vida Cristã.
Surgiram então  três movimentos  reformadores. Todos aceitavam a corrupção que consideravam o batismo como sacramento, mas todos também protestavam contra o privilégio de permitir as pessoas indignas receberem ou administrarem os benefícios da igreja salvadora e dos sacramentos salvadores. As pessoas indignas eram aquelas que negavam Jesus ou entregavam ao fogo as escrituras diante das perseguições.
1-     Os Montanistas: começou entre 135 d. C a 160 d.C por  Montanos, um convertido ao sacerdolismo pagão na Ásia menor. Doutrina: ênfase do espírito Santo, até que alguém pensou que o próprio Montanos, mesmo se achava o próprio Espírito Santo, pois alegava que a autoridade  da sua palavra era mais alta do que as das Escrituras, pregava, falava em línguas, e teve o dom de profecia. Ênfase da doutrina cristã, pregava que todos os cristãos deveriam viver completamente separados do mundo, esperando a segunda vinda de Jesus. Começou a idéia dos pecadores mortais (implacáveis) e venial (perdoável). Um Cristão que negava Jesus numa perseguição era condenado sem misericórdia. Influenciava muito ou adiantamento do momento monástico. Um convertido excepcional foi Tertuliano. 
2-     Os Novacianos: este movimento era montanismo, pouco purificado em certos pontos, teria surgido por motivo de perseguição de Décio de 249 a 251 d.C, quando muito abandonaram a fé, para salvar suas vidas. Um partido insistia em readmitir o homem no seio da igreja salvadora depois de cumprir alguns requisitos. Mais um outro “novacianos” partido restrito insistia em arrependimento sincero,  no rebatismo. Quando em 251 d.C. Cornélio era o Líder do partido, Clementino foi eleito bispo de Roma, o partido de renovação se separou dos outros e assim apareceu uma divisão no Cristianismo, este movimento persistiu até  o século V.
3-     Os Donatistas: apareceram por motivo da perseguição de Diocleciano a cerca de 311 d.C. tendo seguido em linhas gerais e movimentos montanistas e o novaciano. Constantino  fez-lhes oposições severas e depois de sua condenação por diversos concílios da igreja, perseguiu-os tenazmente, (cristãos estão perseguindo cristãos) usando a autoridade do estado.
4-     A Luta com Corrupção Pagã: Os principais convertidos ao Cristianismo depois do primeiro século eram Gentios pagãos, abraçando o Cristianismo, muitos não eram nascido de novo mas homens aceitos como membros das igrejas sem experiências reais com Cristo. Trouxeram muitas de suas idéias pagãs, começavam a entra normas fora do Cristianismo, que influenciava a mentalidade do povo:
Feitichismo: todos os tipos de magãnismo  magnificava a grande importância dos artigos, atividades, e formalidades. Então os cristãos do segundo e do terceiro séculos começaram a usar e reverenciar exterioridades com ossos dos santos, procissões religiosas, o sinal da cruz e etc... a dedicação era julgada a luz da participação dos atos religiosos de relíquias sagradas.
Sacramentalismo: desenvolveu-se uma atividade a respeito das ordenanças. As águas do batismo começaram a ter respeito das ordenanças, respeito salvador. O pão e o vinho foram chamados de medicina da imoralidade.
Sacerdotalismo ou Clericalismo: todas as religiões pagãs requeriam sacerdotes e rituais nos seus cultos. Com a mudança da significação do batismo e da ceia do Senhor, era necessário que alguns homens recebessem o treinamento para serem qualificados, para administrá-los. Assim a salvação era ligada com o batismo e a ceia.


Da conversão e Constantino à Fundação do Império Romano (por Carlos Magno)
União da igreja ao estado no ano 323 a 800 d.C.
Os desenvolvimentos relatados nas lições anteriores representam mais do que a partida dos princípios do N.T., também constituem uma preparação para mais mudanças significativas e praticas. O governo da igreja não mais procede do povo, mas dos oficiais, os dois sacramentos agora adotados de eficácia mágica, tem feito da igreja uma instituição salvadora; a salvação agora vem através da administração nesta instituição, o bispo havendo sido separado dos outros oficiais da igreja local, mas em grandes áreas contíguas. A nova direção do desenvolvimento que começa com o primeiro concilio na cidade de Nicéia, no ano 325d.C., segue diretamente para a igreja católica romana.tanto desenvolvimento teria sido impossível sem atitude amável e o braço forte do poder secular. Estes elementos foram segurados quando Constantino decidiu ligar seu futuro com este movimento que se chama Cristianismo.
De Constantino a Teodócio
Pouco se sabe da vida privada de Constantino, Zezimo  historiador do quinto século diz que era filho ilegítimo, sendo seu pai Egregimo e sua mãe Helena, filha dum estalajadeiro de Hish na Servia. Em todo o caso seu nascimento foi humilde, e Constantino teve que pelejar contra sérios obstáculos desde a infância, e o fato de ele ter alcançado a posição mais alta do governo revela que era homem de valor. Sua educação formal era bem limitada, mas sóbrio e honesto. Era acusado de prodigalidade e vaidade. Constantino era mais autocrático que os predecedores. Reinou sem Senado nem conselheiros. Ele também era pouco simpático a religião popular interessava-se no entanto pelo culto tributado pelos Persas a Mirtas, deus do sol, combinação de filosofia neo-platônica zoroastria que se tornará sedutora por meio de um rito bem elaborado e importante. Quando Constantino estava lutando contra Maxêrcio, que foi fortalecido sobre a ponte de Mulvina, nas proximidades de Roma, Constantino verificou que o momento era difícil. Resolveu adorar o DEUS dos cristãos, e certamente para encorajaras suas tropas, declarou ter visto no firmamento uma bandeira de forma de cruz, na qual lia: “Com este sinal vencerás”, e a cruz emblema de paz entre os homens passou a ser emblema de guerra, no entanto a vida subseqüente de Constantino leva-nos a concluir ter sido falsa a sua visão. Político, astuto e sem escrúpulo, nenhuma visa lhe era preciosa, quando seu estava em jogo, assassinou traiçoeiramente a Lucio e ordenou o extermínio a quase rodos os seus parentes, em todo seu modo de agir para a religião dos cristãos Constantino deixou transparecer que a sua maior preocupação era conseguir a unidade, dando atenção a divergência de cartas doutrinárias. E apesar de se considerar bispo dos bispos não achou prudente batizar-se  poucos dias ante da sua morte, ocorria no ano 337d.C. Para os cristãos ele fez o seguinte:
1-     Eximiu o clero das obrigações militares e municipais, isentou as suas propriedades de pagamento de impostos;
2-     Decretou abolição de certos costumes e ordenanças pagãs, ofensiva aos cristãos;
3-     Ordenou a observância do domingo como o dia do sol;
4-     Legalizou as doações às igrejas cristãs, contribuiu bastante para a construção de templos cristãos;
5-     Deu aos seus filhos educação cristã.
Dizem que em 324 d.C prometeu a cada convertido 20 moedas de ouro, e roupa branca para a cerimônia batismal cristã, tendo-se verificado neste ano o batismo de 12.000 homens e tantas outras mulheres e crianças. No ano 325d.C. publicou uma advertência geral aos seu súditos, chamando-os a abraçarem ao cristianismo. Em 330d.C Constantino transferiu a sede do governo imperial para Bisâncio, principalmente pelo motivo de seus desagrado pelo paganismo que ainda prevalecia em Roma. A escolha de Constantinopla como uma nova Roma, profundamente afetou o rumo da história. Um dos resultados foi o império e uma igreja dividida, ainda que Constantino se esforçasse para tornar a nova sede do governo um verdadeiro centro do cristianismo. Depois da morte de Constantino seus filhos não seguiram os princípios em que foram ensinados. Seu filho Cosntâncio tornou-se o único governador e ultrapassou o pai no esforço de derrotar o paganismo.
Juliano o apostata, sobrinho de Constantino foi salvo de um grande mortifico contra a família de Constantino, por um bispo cristão. Estudavam os escribas pagãos. Derrotou Constâncio e o sucedeu no trono, declarando-se hostil ao cristianismo, restaurou os templos pagãos e todos os serviços de sacrifícios, estabeleceu o sarcedócio e tudo quando concernia ao paganismo. Fez todo o possível para prejudicar o cristianismo e criar divisões. Aplicou fatores de culto e pratica nas igrejas em cultos pagãos para melhor atrair o povo. Mas não conseguiu ir mais alem porque morreu na batalha com os Persas, quando havia governado apenas dois anos.
Teodósio, primeiro imperador ortodoxo, no ano 379 a 395 d.C sobre influência o senado Romano reconheceu o cristianismo como religião oficial. Com a situação sobre modo favorável muitos bispos incentivavam ao povo a assaltar violentamente os santuários pagãos, com auxilio do poder cível, os pagãos resistiram. Oficialmente o paganismo foi vencido mais continuou a viver no seio da própria igreja cristã, pelas convenções forçadas dos qual abandonaram para serem agradável ao poder oficial.
Transição Política para os Bárbaros 323 d.C a 360 d.C., viviam nas florestas da parte setentrional do Danúbio. Oriente do Remo as tribos Germânicas que eram semi-barbáras. Enquanto o império era forte e abundante de homens, nada havia a temer dos bárbaros, mais agora em plena decadência está sendo invadida. Havia guerra constante para mantê-los fora do território Romano. A guerra continuava e pesados impostos estavam despovoando e empobrecendo os países, por esse motivo o império permitiu que tribos Germânicas transpassassem as fronteiras e se estabelecessem no seu território. Pouco a pouco os inimigos imigrantes obtiveram posição no exercito imperial, e nas repartições civis, efetuando uma invasão pacifica. Além disso o governo imperial tinha sido dividido em duas partes, uma oriental em Bosfóro e o Ocidental em Ravena, junto ao adriático. A cidade de Roma ficou sob o comando do bispo, e  a parte Ocidental deteriorava-se rapidamente e dentro de um século caiu nas mãos dos povos Germânicos. Passada a tempestade os invasores se espalharam por toda parte e na ruína do governo imperial começaram a envolver governos nacionais. Os primeiros resultados desta invasão pareciam desastrosos, mais os invasores não hesitaram em tomar dos vencidos a sua civilização e religião, resultando por fim em uma base nova para a vida de toda a Europa Ocidental.
A Igreja Oficializada, depois da morte de Juliano em 363 d.C todos os imperadores professaram o Cristianismo, e antes de findar o quarto século o Cristianismo, foi virtualmente estabelecido como religião do império. Eram benefícios e males que surgiram dessa união, igreja e estado.
Benefícios: a derrota do paganismo. Seus templos foram destruídos ou transformados pela força em igrejas Cristãs. O culto pagão foi suprimido o sacrifício pagão abolido e as escolas pagãs fechadas. A influência do Cristianismo sobre a legislação do império romano deu faculdade de apreciação alta e digna do valor humano, e dos direitos recíprocos de todo ser humano, como escravos, estrangeiros e bárbaros, elevou extraordinariamente a posição da mulher e da criança, aboliu gradualmente os espetáculos dos gladiadores, sobretudo melhorou consideravelmente a moralidade.
Males: O Cristianismo deixou de ser religião espiritual, para se tornar seu lar, isto é a religião do estado, os pagãos acostumados a adoração de deuses de ambos os sexos reclamaram seus ídolos, não obstante se tornado nominalmente cristãos, e daí serem escolhidos como objetos de  adoração aos caráteres mais notáveis dos tempos apostólicos e posteriores, como Maria a mãe de Jesus, aos apóstolos aos mártires, etc.. O costume de adoração mantido pelos pagãos era a personificação dos seus santos para o mesmo fim. As igrejas foram sucessivamente enchendo-se de objetos de adoração. O desenvolvimento hierárquico recebeu nova força tornando-se a hierarquia eclesiástica um forte contra peso do governo civil. A igreja assim, cercada de poder constituiu-se em um centro perseguidor, valendo-se da autoridade civil para repressão das dissenções e do paganismo.  A reação contra o mundanismo resultou em excessivo asceticismo. O s mais espirituais  viram que era impossível uma vida puramente cristão dentro de uma igreja mundana, diante disso muitos se afastaram da sociedade e retiram-se para lugares desertos, onde passavam o tempo em jejum e oração, fazendo assim triunfar o espírito sobre a carne.
Controvérsia na Igreja
Durante este período na história eclesiástica realizou-se a sistematização da teologia, agora com a proteção do poder do estado. As igrejas ficaram com mais tempos de pesar e discutir  sobre as doutrinas fundamentais de sua crença, também a sistematização de doutrinas foi provocada pela necessidade de justificação de suas crenças diante do mundo. E com as heresias e dissidências por dentro os líderes do Cristianismo formularam suas crenças. As fontes de discussão foram as escrituras, inclusive os livros apócrifos a tradição das quais determinavam o conteúdo da bíblia e a interpretavam, o processo foi: controvérsia provocada principalmente pelos orientais e apresentadas em forma de doutrina. O concílio ecumênico os quais foram tidos como inspirados e sua aceitação tida como necessárias as que quisessem se salvar.

Controvérsia Administrativa
Já se mencionou sobre os Donatistas que estavam reclamando sobre a readmissão dos cristãos que negaram Cristo, ou entregaram as santas escrituras durante as perseguições. Um ponto de grande agitação era a consagração como bispo de um certo galego Cecíliano. O s Donatistas afirmavam que Cecíliano não era realmente consagrado e não era digno desta posição. Os Donatistas apelavam para Constantino, que reunisse uma comissão para investigar a natureza do cisma em Catargo. A comissão foi composta de Melquiades bispo de Roma e outros incluindo Cecíliano. A maior parte foi antagônica aos Donatistas. A decisão foi favorável a Ceciliano, os Donatistas então se queixavam de que a nossa causa não fora imparcialmente e pediram investigação. Constantino convocou um concílio em Arles, composto de bispos dos dois partidos escolhidos em várias partes do império. A maior parte sendo da Gália e Itália e portanto favorável a Cecíliano. Os Donatistas apelaram novamente ao imperador que decidiu contra eles e ameaçou desenterrar os seus bispos e confiscar os seus bens, a execução da ameaça não tardou, foram lhe tirado as igrejas e perseguidos de todas as maneiras, o imperador Juliano deu um pouco de trégua, mais no princípio do quinto século sobre a liderança de Agostinho, a perseguição começou novamente e as principais  acusações foram, que eram separatistas, isto é: negaram-se unir-se a igreja oficial que insistiam no batismo dos que passavam pela igreja oficial, para a igreja deles que eram intolerantes.  As últimas tentativas para reconciliar os dois partidos foi feita por Teodócio II quando em 411 d.C convocou o concilio de Catargo. Como era de se esperar os Donatistas foram condenados e logo rompeu contra eles uma perseguição feroz,. Estavam no declínio do meado do quinto século, mais os últimos anos do sexto século foram extintos com o resto do Cristianismo do Norte da África, por ocasião da invasão Maometana.
Controvérsia Trinitáriana
Ário, presbítero da igreja de Alexandria onde gozava de grande influência pela sua vida asceta educado em Antioquia sustentava a interpretação gramático histórica em posição a alegoria prevalecente em Alexandria. Os seus intelectos lógicos reclamava uma  apresentação clara e incisiva de relação entre três pessoas da Trindade. Os arianos sustentavam que o “Logos” foi a primeira criação de DEUS e que existiu entre a encarnação, embora sem ser eterno, tendo criado tudo inclusive o Espírito Santo, tornando-se por isso digno de adoração, ainda que não representasse DEUS, nem o revelasse em sua perfeição.
A Controvérsia Ariana pode ser dividida em quatro pontos:
1- De 318 d.C à vitória temporária da ortodoxa do concílio de Nicéia em 325
2- De 325 d. C à reação e vitória temporária do arianismo em 361 d.C
3- De 362 d.C a segunda reação e triunfo final da ortodoxia, no império em 381
4- Da conversão de alemães à ortodoxia até cerca do ano 600, em geral os alemães e a maior parte dos Gregos eram arianos, enquanto os latinos defendiam a ortodoxia.
A controvérsia ariana em Alexandria no ano 318 d.C, espalhando-se repetidamente pelas regiões circunvizinhas. Depois de várias tentativas para dissuadir  Ério do seu erro, excomungaram-no publicamente em Alexandria, no ano de 321 d.C quatro anos depois reuniu-se  o concílio de Nicéia convocado que foi por Constantino com o fim de ter o termo as constantes disputas e chamar a Cristandade à harmonia. A esse concílio não o bastante terem sidos convidados 1800 bispos a assistirem apenas 318 entre os quais se contavam somente 07 Ocidentais.  Foi portanto um concílio quase de Orientais, três partidos surgiram por esse tempo ariano, semi ariano e ortodoxo. Por influência de Anastácio (jovem diácono de Alexandria) e do imperador a ortodoxia triunfou no credo Niceno, estabelecendo que Cristo é DEUS verdadeiro, em essência com o Pai, ao mesmo tempo distinto em pessoa. Em fase da decisão o arianismo sofreu várias perseguição. Ário foi banido, os seus livros queimados  e os seus adeptos caluniados como inimigos do Cristianismo.
A reação porém, não demorou. Constantino colocou-se em defesa dos princípios estabelecidos por àrio, e os concílios de Tiro e de Constantinopla (335) condenaram Atanásio, bispo de Alexandria, o qual foi banido no ano de 336. E Ário teria voltado ao seo da igreja de Constantinopla, mas morreu  no ano de 336.
Os Arianos dividiram-se, ao passo que os ortodoxos foram aos poucos galgando posição predominante. Teodócio convidou todos os seus súditos a professarem a fé ortodoxa, convocou o concílio de Constantinopla no ano 381, o qual confirmou com algumas alterações o credo Niceno, adotou uma cláusula sobre o Espírito Santo, e finalmente pela força civil proibiu o culto ariano.
Controvérsia Cristológica
Desde o princípio do Cristianismo, havia sido discutido em quase  todas as polêmicas a questão a respeito da personalidade de Cristo. Decidiram-se oficialmente que Ele era o DEUS verdadeiro, restando somente determinar se ele era ou não humano, no caso de ser, verificar a existência entre as duas naturezas, divina e humana.
Apolinarianismo (362-381): Esta controvérsia foi iniciada e desenvolvida por Apolinário, pouco antes da controvérsia Cristológica. Apolinário cria que o homem era uma “tricotomia” (corpo, alma e espírito) e sustentava que Cristo tivera uma alma e um corpo humano, mas dizia que o espírito humano havia sido fornecido por “Logos”, o que importava em negar a perfeição de sua humanidade, por meio da qual Cristo, imaculado, tornava-se capaz de conciliar perfeitamente  a humanidade com DEUS.
Essa teoria foi condenada pelo concílio ecumênico de Constantinopla no ano de 381. E assim ficou estabelecido que  a natureza humana de Cristo era completa, restando como único ponto discutível a relação entre as duas naturezas. E os apolinarianos foram grandemente perseguidos em virtude dessa resolução.
Nestorianismo (428):  Este movimento apareceu em Constantinopla no ano de 428, tendo como organizador o monge, sacerdote de Antioqui e patriarca de Constantinopla. Ele se opôs a aplicação do termo “mãe de DEUS”, a Maria, afirmou que as duas naturezas de Cristo agiam em harmonia e tão distinta como constituindo uma personalidade dupla, declarando ainda que Cristo era DEUS e homem e não DEUS-Homem. O concílio de Éfeso convocado no ano de 431 pelos dois imperadores foi sobremodo violento, tendo-se encerrado antes de alcançar a menor   resolução sobre o assunto. Somente no ano de 453 conseguiu-se um acordo, em virtude da qual Nestor foi banido, as suas obras queimadas e aprovado o termo “Mãe de DEUS”.
Eutiquianismo ou Monofissismo:  Eutíquio, velho arquimandrita de um convento em Constantinopla, pregou a divindade de Crsito, negando que Ele  tivesse duas naturezas. A natureza humana é tão assinalada pelo “Logos” que incontestavelmente o seu corpo não pode ser como o nosso, isto é da mesma natureza do nosso. E ainda, todos os atributos humanos são transformados numa única pessoa que é “Logos” humanizado. Por isso, e segundo essa ordem de idéias, DEUS sofreu e morreu.
Suas idéias foram condenadas no concílio de Calcedônia (457) e o imperador  ordenou que todos os seguidores de Eutíquio fossem banidos e suas obras queimadas. O credo do concílio de Calcedônia, contém a Cristologia das igrejas latinas e protestantes. Por fim, o último esforço lavado a efeito para reconciliar os dois partidos (nestoriano e eustiquiano) resultou em uma cisma entre o bispo de Roma e o do Oriente, ocasionando a chamada controvérsia monofista.
Controvérsia Monotelita
A discussão em torno da natureza de “Logos” (se ele possuía uma natureza divina e outra humana) provocou a discussão sobre de ele possuía também, uma ou duas vontades. Desde os tempos de Justiniano, a doutrina de duas naturezas prevaleceu através do Império Romano. Os que pregavam a doutrina de uma só vontade eram chamados de monotelistas não sendo tolerados, pelas igrejas constituíram um partido cismático, chefiado por Tiago o bispo  de Edessa, e iniciaram intensa propaganda missionária, do que resultou a conversão de Armênia e da Pérsia, ao monoteísmo. Antioqui também convertida aos princípios monoteístas, tornou-se o centro da nova dutrina que se espalhou pelo Egito e Abissínia. Finalmente o terceiro concílio de Constantinopla reunida entre os anos 680 e 681, decidiu que Cristo possuía duas vontades, permanecendo no entanto, a vontade humana sujeita a vontade divina mas com nenhuma vontade em conflito com outra. Assim, o  diotelismo ( a doutrina  de que Cristo possuía duas vontades), triunfou depois de quatrocentos anos. Depois de quatrocentos anos de controvérsia a respeito da pessoa de  Jesus Cristo, a fórmula evoluiu para a maioria dos Cristãos. Desde aquela época até agora são reconhecidas como corretos e de acordo com as Escrituras.
A Controvérsia Antropológica
Nas discussões já referidas, pouco se discutiu a respeito do homem propriamente dito, havendo grande esforço para sustentar o livre arbítrio do homem e a responsabilidade moral, contra as teorias de filosofia dominante. Foram dois extremos da reunião representados por Pelágio, monge britânico e Agostinho, bispo de Hipoma, entre os quais a diversidade de índoles e experiência deu lugar a contradição que os separava a respeito da doutrina da natureza e da graça. Pelágio advogou ardentemente a bondade e a capacidade do homem; Agostinho, pelo contrario, insistiu na sua ruína e na contínua atividade e soberania de DEUS.
Os pelagianos foram condenados no ano de 412 pelo concílio de Cartege em 416 pelo papa Inocêncio, mas sustentados em suas teorias e doutrinas pelos sínodos de Decapolis e Jerusalém, reunidos em 415. ainda o segundo concílio de Cartege reunido no ano de 431, novamente os condenou, pena que, no entanto não atingiu as suas doutrinas. Nenhum dos dois sistemas logrou  geral aceitação. Antes da morte de Agostinho, foram iniciadas as tentativas de aproximação dos dois sistemas, e possivelmente fundí-los em um só. Este movimento alcançou resultados satisfatórios, dando lugar  no sínodo Orange a vitória de um Agostinho moderno. A igreja Católica, ainda continua dividida em relação a este assunto.
Controvérsias contra a Paganalização da Vida Cristã
O conceito ascético da vida cristã que tomara saliente feição agressiva muito antes do fim do quarto século, tornou-se neste período sobremodo dominante. Com o crescimento do ascetismo, desenvolveu-se rapidamente a mais grosseira idolatria, adoração de ídolos, relíquias, imagens,lugares santos, etc... Esta tendências assustadora para a paganização do Cristianismo despertou no entanto, as objeções de vários homens notáveis.
A Reação de Aério
Aério era superintendente de uma casa beneficente, na Ásia menor e Eustáquio era bispo naquela região. Sucitou-se uma controvérsia entre os dois a respeito da administração da casa de beneficência, levando o bispo a resignar as suas funções. Aério não somente criticava certos deslizes da administração de Eustáqiuo, mas aproveitou o ensejo para atacar praticas e doutrinas corruptas prevalecentes naquela região, insistia na igualdade de bispos e presbíteros denunciou a pratica da intercessão de santos, denunciou a celebração da Santa Ceia como oferta aos mortos, etc... Aério e seus adeptos foram rudemente perseguidos, indo encontrar refúgio nas florestas montanhas solitárias.
Reação Joviniânica
Joviano foi um monge romano de esmerada educação, viveu por longos anos em rigorosos ascetismo, e em 378 d.C. iniciou fortes ataques ao ensino e pratica de Jerônimo e seus adeptos. Em 390 d.C.um símbolo romano condenouJoviano e sete de seus adeptos. É possível que os adeptos de Joviano procuraram refúgio nos vales alpinos,conservando acesa a chama do ensino evangélico até o século Xll.
Reação Vigilânciana
Vigilância nasceu na Gália e foi educado pelo Suplício servo, e quatro anos depois de sua consagração para presbítero, visitou os ascentas da Itália e do Oriente.ele sentiu repulsa contra o rigor e as práticas idolatras que eram estranho ao puro espírito Cristão. Resolveu fazer tudo quanto estivesse ao seu alcance afim de induzir as igrejas a voltarem as suas simples doutrinas e ensinos dos bons tempos apostólicos, mas Jerônimo resistiu violentamente. A invasão dos álamos e dos vândalos fez desaparecer o movimento aparentemente mais em plena época medieval encontraram-se grupos Cristãos e evangélicos no Sul da Gália que nos levam a acreditar que a influência dos princípios de vigilância não desapareceram.
Reação  Pauliciana
Algumas tradições dizem que surgiram na segunda metade do século, na Armênia (Ásia menor) com a finalidade de levar o Cristianismo a voltar a sua primitiva forma Paulina. Alguns julgam que o nome deriva de Paulo de samesata. O movimento Pauliciano entrou em choque com a forma Cristã Grega Romana e foi perseguido severamente, por exemplo: durante o reino da imperatriz Theodora, cem mil desse foram mortos. Em 1863 d.C o estado livre dos Paulicianos, tprice foi conquistado pelo império e seu poder foi quebrado, e nessa destronação morreu o Cristianismo Oriental, porque os Paulicianos foram uma barreira entre o império e os Maometanos. Por causa da perseguição uniram-se os Paulicianos com os Sarracenos contra o império Cristão. Por influência de Constantino Coprônio os Paulicianos estabeleceram na Teácia e no ano 970 do imperador Tzmisqes também Armeno, transferiu cem mil para a região baixa de Danúbioe concedeu-lhe plena liberdade religiosa, eles tem subsistido na região de Táuro até os dias de hoje. No princípio do VIII século as doutrinas Paulicianas espalharam-se por toda a Europa e se firmaram no Sul da França.
Doutrina
1-     Denominaram-se a igreja santa universal e apostólica.
2-     Eles consideraram as igrejas Romana, Grega e Armênica, como satânicas e más.
3-     Sua Cristologia era acionista mais não faltava reverência a Cristo e reconhecimento Dele  como Senhor e Salvador absoluto.
4-     Eram contrário ao batismo infantil, praticavam a imersão trina, que seguia à fusão, os candidatos ficavam nus e ajoelhados na água.
5-     A santa ceia era chamada o mistério da salvação, considerada a luz de outros escritos deles, significava somente a presença espiritual de Cristo.
6-     Seus ministros foram escolhidos com escrúpulo, e o ministério hierárquico dos Latinos, Gregos e Armênios  eram condenados.
A Reação Contra a Adoração de Imagens
Razões da Introdução de adoração de imagens: durante o I, II, e III século os Cristãos rejeitaram fortemente qualquer  sugestão de veneração de imagens. Mais desde o tempo de Constantino esse costume desenvolveu-se rapidamente. A adoração de imagem foi transferida diretamente ao paganismo, especialmente com a reação da igreja como religião oficial do estado. Pessoas de influência tornaram-se cristãos, trazendo suas idéias pagãs. No princípio os retratos eram somente usados para introdução, mais a atitude  transformou em adoração. E o sistema monárquico  com preservação da imaginação criou o clima em que o uso de imagens tornou-se idolatria. A adoração de imagens no VII século era de tal maneira comum que os Judeus os Maometanos consideram os Cristãos como idólatras, este costume era pior no Oriente porque a mente do Oriente era incapaz de aceitar o uso de imagem na religião sem tê-las como objetivo de adoração.
Controvérsias sobre o uso de Imagens
Aqueles que eram favoráveis a adoração de imagens levantaram esses argumentos para o seu ponto de vista (papa Gregório II e outros). Deus mandou que fossem feitos Querubins  e Serafins. As pinturas de Cristo vivo ou morto e pintura dos apóstolos e mártires foram feitas por expectadores para serem vistas pelos outros em outras épocas. O mandamento contra imagens no VT foi dado para preservar os Israelitas contras os Gentios idólatras, mais as circunstâncias eram diferentes. O Deus invisível tornou-se visível em Cristo e então podia ser representado por imagens, aqueles que veneram imagens não devem ser considerados como idólatras, o uso de imagens devem ser para estimular a memória.
Aqueles que eram contra a adoração levantaram argumentos que: a adoração de imagens foi proibida pelo VT e NT e pelos seguidores da igreja. Consiste na aplicação de artes de Gentios a religião o que é abominação e desonra a Cristo e aos santos. Não pode representar as duas naturezas de Cristo com a imagem. As controvérsias se enfureceram entre os papas e os imperadores, sendo os papas favoráveis a adoração de imagens. Esta adoração foi resistida pelos vários imperadores até que a regente Theodora  estabeleceu nas igrejas. Desde então elas têm sido conservadas na igreja sem a menor oposição exceto nas igrejas ortodoxas do Oriente.
Aparecimento e Crescimento do poder Papal
Em 325d.C., quando se reuniu o primeiro Concílio Ecumênico, o cristianismo tinha assumido varias características distintamente não de acordo com as Escrituras, o que podiam ser chamadas “Católicas”:
- A idéia de uma visível igreja universal, que é composta de bispos.
- A crença que os sacramentos tem um tipo mágico de graça transformadora.
- O uso de um sacerdote especial (o clero), que pela ordenança fica autorizado a administrar estes sacramentos.
- O reconhecimento dos bispos como corpo reinante da igreja. Todas estas características se encontram hoje nos grupos que se chamam Católico Romano, Católico Grego e Católico Anglicano.  
Depois do ano 325d.C., gradativamente a oligarquia, o reino de muitos bispos, se tornou monárquico, ou reino de um só bispo. Apesar o fato de que o bispo de Roma, era considerado entre  um grupo de bispos com autoridade igual a dos outros, a posição de Bispo de Roma tinha grande dignidade. Estes bispos estavam entre os mais hábeis do mundo. O Apostolo Paulo cumprimentou a igreja de Roma por causa sua reputação excelente no mundo. Os documentos mais antigos fazem referências a influencia de grande rico e generoso corpo de cristãos em Roma.Era costume as igrejas menores escreverem cartas, pedindo conselhos das maiores,e isto aconteceu varias vezes com a igreja de Roma, sempre o bispo de Roma aconselhava, dava sugestões, mas nunca mandamentos como papa. Muitos dos bispos escreviam elogios sobre a posição e dignidade do bispo de Roma, alguns dando ênfase à retidão doutrinaria de Roma, em vez de sua autoridade eclesiástica, mas , quando ocorria algum desacordo com Roma, não hesitavam em critica-la e inclusive romperem relações com ela.
Razões do Crescimento do Pecado
Entre o primeiro concílio Ecumênico no ano de 325 e o quarto concílio que se reuniu em Calcedônia no ano 451, que o bispo de Roma estabeleceu os fundamentos da monarquia eclesiástica. Há fatores salientes que  impulsionaram este desenvolvimento.
Os Homens de Grande Capacidade
Todos os bispos de Roma, perceberam a dignidade de sua posição e constantemente tentavam alcançar o seu desenvolvimento. Queriam o primeiro lugar de importância e atividade e procuravam. 
O território deles era organizado. A maravilhosa prática de organização dos romanos era observada nos canais eclesiásticos. Um grande número de oficiais inferiores garantia a disciplina e uniformidade. Dois destes bispos de Roma, muito hábeis nas suas ascensões foram: Inocente I (402-417). Que foi o primeiro bispo de Roma que requereu o direito de jurisdição, baseado na “tradição Petrina”;  e Leão I, chamado “o Grande” (440-461), que pode ser considerada o primeiro ‘papa”, discutiu a autoridade bíblica pelas acessões de Inocente, conseguiu reconhecimento imperial de suas acessões, com influência de autoridades políticas e eclesiásticas, podia impor a afirmação doutrinária de concílio de Calcedônia. Os bispos gritaram: “Pedro tem falado”.
Posição Geográfica de Roma
Os bispos de Roma não tinham rival no mundo Ocidental. Nenhum outro bispo entravam em competição com eles, como os bispados mais antigos de Alexandria, Jerusalém, Antioquia, e outros. As vezes, nas  disputas entre os bispos da parte oriental, apelavam ao único bispo do oeste para os auxiliar. Assim fortificou a alta posição de Roma entre os bispos. E também a civilização estava mudando para o oeste.
Mudança da Capital Imperial
No ano de 330, o imperador Constantino mudou a capital do império para a cidade bizantina, que foi chamada Constantinopla.  Em lugar de enfraquecer a posição do bispo romano, melhorou a sua situação. Com a presença do imperador, ele tronava-se tanto o bispo dos bispos, quanto o rei secular, sendo administrador das necessidades seculares.
A História e Traição
A igreja romana afirma que Pedro foi bispo de Roma durante 25 anos, mais estas asserções não foram feitas até o século quinto depois que o bispo já se havia tornado poderoso. A teoria dada pelo bispo Leão I (440-461) era baseada em três trechos: Mateus 16:18-19; João 21:15-17; Lucas 22:31-32.
A teoria é que Pedro tinha autoridade sobre os apóstolos e a passou aos seus sucessores no bispado romano, porém não há nenhuma prova bíblica e nem histórico que afirma que Pedro tem estado em Roma.
Durante este mesmo período (325-451) também os bispos de Roma demonstraram grande sabedoria no sentido doutrinário, conduzindo-se bem durante os grandes debates a respeito da natureza de Cristo e da salvação dos homens. Esta ortodoxia constante aumentou grandemente o prestígio de Roma.
A Invasão dos Bárbaros
A invasões dos bárbaros com estabelecimento de um número de governos rivais no sul da Europa, deu aos papas muitas oportunidades de formar alianças vantajosas.
Leão I, “O Grande” (440-461), estava ausente quando o clero e o povo de Roma o elegeram. Romano de origem e de sentimento, tinha as fortes qualidades agressivas de Roma Imperial e papal. Nele  se encontravam as características do genuíno povo romano, possuía orgulho e capacidade romana de governar.
Leão não deixou escapar uma só oportunidade vantajosa aos interesses da “Santa Sé” de Roma. Conseguiu com auxilio do Imperador o reconhecimento da supremacia de Roma. O imperador  decretou que nenhum bispo fosse permitido fazer qualquer coisa sem autorização do “Pai da Cidade Eterna”.  No caso de algum bispo ser chamado a juízo perante o pontífice romano, obedeça ou seja forçado a obedecer pelo governo das províncias. Então o estado espiritual foi representado total e universalmente pelo bispo de Roma, como o estado secular  foi representado pelo imperador.
A disciplina de Leão I, nas suas relações com os bárbaros aumentou o seu prestígio. Nas duas ocasiões  salvou Roma de pilhagem. Os papas que sucederam Leão I, foram: Gedásio (492-496), Simaco (498-514), Hermidas (514-523). Todos  os papas, apesar de serem alguns corruptos, alcançaram prerrogativas papal.
Nos anos de 527-565 o imperador justiniano entrou em conflito com o papado reivindicando o direito do imperador de controlar a religião como departamento do governo.
O Reino Merevíngeo  e o Papado (496-752)
A conversão  de Clóvis, chefe merevíngeo,  à fé católica, é de suma importância. Ele era guerreiro valoroso, tendo começado com um reduzido número de partidários, conseguiu em pouco tempo atrair um grande grupo de tribos. Casou-se com uma princesa católica. Observando a influência do papado, procurou ganhar-lhe o apoio papal, faz profissão de fé em 486 e induziu todos os seus partidários a se unirem ao catolicismo, sendo batizados com ele três mil pessoas.
Como disse, todos os católicos se agruparam ao lado dele como único príncipe católico ocidental. Mais tarde por motivo de suas conquistas podia ver a Itália, a Burgândia e a Bavária, reunidas mais ou menos firmemente debaixo de seu centro. Assim estava dando o primeiro passo para o estabelecimento de um vigoroso poder católico, cujo maior interesse e preocupação seria promover e formar a força do papado.
O Pontificado de Gregório I “O Grande” (590-604)
Gregório acabava de subir à cadeira pontifical no meio de peste e lutas internas. A fama de sua Santidade reunida ao seu notável saber, tornaram-no um dos maiores e mais bem sucedidos papas. Entre as sua realizações destacam-se:
Estabeleceu o praxe de conferir o pálio sobre os bispos, assim tentando fazer o consentimento do papa necessário na validade de ordenação episcopal;
Insistiu com grande veemência no celibato do clero;
Mandou missionários para a Inglaterra e Alemanha, onde um tipo de Cristianismo que era livre e evangélico existia há muito, com a finalidade de subjugar estes ao papado;
Teve sucesso estendendo a autoridade romana aventuras missionárias e formando alianças vantajosas com poderes civis no oeste, taqnto quanto como imperador do leste;
Unificou e solidificou o domínio papal na preparação das formas dos cultos, e insistiu na uniformidade de culto em toda a parte e cristandade católica.
Carlos Magno e o Papado
Carlos Magno (768-814) destruiu o império dos Lombardes em 773, confirmou e aumentou os estados papais e se declarou “Rei da Itália”. Foi coroado imperador do “Santo Império Romano” pelo papa Leão III. O reino compreendeu a maior parte da França e quase toda Alemanha, A Suíça, a Itália e outros estados modernos.
Os missionário católicos tinham o apoio das armas civis no afã de exterminar a heresia e o paganismo. A igreja não hesitou em empregar medidas violentas e até violentíssimas quando falhavam os meios moderados.
A Santa Igreja Romana e o Santo Império Romano, foram considerados partes homogêneas e o objetivo de um era o alvo do outro. A conquista e o domínio do mundo inteiro.
Inicio da Renovação Protestante
Da coroação de Carlos Magno como imperador Romano ao início da renovação protestante (vida na era medieval) 800-1517.
A queda do império romano pelas tribos teutônicas em 476, politicamente falando, iniciou a era medieval, enquanto a coroação de Carlos Magno e a fundação do Santo império Romano marcam seu princípio na história eclesiástica, ainda que suas raízes tivessem começado a se formar o Cristianismo medieval limita-se quase exclusivamente ao Ocidente.
No Oriente, no sétimo século, um grande número de povos semita, os maometanos, principalmente, principiando na Arábia, rapidamente invadiram a Síria, Palestina, Egito e Pérsia  (633-651). Em 707 conquistaram o Norte da áfrica e em  711 a Espanha. Em 732, na batalha de Toure, foram vencidos e a civilização ocidental foi salva.
Civilização Medieval
A civilização medieval foi produto de três influências distintas que se mesclaram e se fundiram entre si:
A velha civilização grego-romana;
O Cristianismo;
O modo de viver e pensar das instituições políticos-sociais dos povos teutônicos.
Sob o ponto de vista religioso, apesar da corrupção do Catolicismo Romano, ainda se encontra no seu seio, como fora deles, grandes grupos de cristãos sinceros. A idade média representa um período de tradição de barbarismo primitivo para a civilização moderna.
O Santo Império e a Santa Igreja Católica
A coroação de Carlos Magno pelo papa Leão II foi um fato de suma importância sob o aspecto político e religioso. Assim foi revificada a idade do Império Romano com o título de Santo Império Romano,  que existia ao lado e com igual poder, mas na sua própria esfera, a “Santa Igreja Católica”. Poder de dizer que entre o papa e o imperador existia a mais leal solidariedade governando juntos o mundo, auxiliando-se  mutuamente e mostrando cada um a maior solicitude ao outro.
Mas com o tempo, duas teorias surgiram:
1-     Que o imperador, nas coisas seculares, era superior ao papa. Os advogados desta teoria apelaram tanto  para as Escrituras como para história.
2-     Que o poder temporal em subordinado ao espiritual mesmo nas coisas seculares.
A contenda entre os partidários da duas teorias foram as causas de constantes guerras entre os papas e os imperadores durante séculos. Assim Carlos Magno, apesar de ser coroado pelo papa, trabalhou independentemente dele em muitos sentidos, por sua morte, secedeu-lhe seu filho Luis, o piedoso, (811-840), mas Luis deixou desaparecer a unidade e a grandeza do império  na sepultura do seu fundador. Colocou os filhos em posição de grande responsabilidade administrativa. Honrou a Latório com a dignidade Imperial, a Luis deu a Germânia e a Pepino deu Aquitânia, mas ficaram insatisfeitos, e se rebelaram contra o rei. Mais tarde foi lhe restabelecida a dignidade imperial. Com a morte a desunião que começou com os seus herdeiros, dividiu toda a Europa.
Henrique I, o caçador, perante Carlos Magno restituiu-lhe as forças demolidoras. Foi sucedido por otão, o grande, em 936. Finalmente em 962 até a Itália chegou a gozar ordem e paz. Os esforços pacificadores de Otão foram recompensados pelo papa João XII que chegou e coroou o imperador. O protegido porém, mostrou a sua ingratidão depondo-o e substituindo-o por Leão VIII.  O trono imperial por certo tempo virtualmente hereditário, já era nominalmente eletivo. Em caso  de não haver sucessor, ou haver pluraridade de candidatos, cabia aos eleitores, os arcebispos de Maints, Trevas e Colônia que representam o estado Eclesiástico alemão, e o Duque Francenia Saubia, Saxônia  e Batávia que representavam o poder secular de eleger entre os candidatos o imperador. Esta eleição foi motivo de constantes lutas entre o império e a igreja. Os papas por sua vez excomungavam os imperadores e fomentavam a discórdia.
Divisão entre Igreja Ocidental e Oriental
Antes do fim do último período, profundas rivalidade entre Roma e Constantinopla haviam provocado grande contendas e ódios. As causas principais eram raça, língua e características mentais e morais. Também enquanto o Oriente paralisava as suas forças no campo de suas atividade, o Ocidente continuava a desenvolver-se em sua esfera e eclesiástica.  As igrejas orientais e ocidentais romperam definitivamente os laços fraternais em 867. e em 1504 o papa e o patriarca mutuamente  e excomungavam junto com os seus seguidores, condenando-se a perdição.
Feudalismo
Da-se o nome de feudalismo ao governo político da Idade Média cujo poder se encontrava nos reis, nos grandes vassalos e nos pequenos senhorios. O feudalismo foi sobretudo o regime militar. Os grandes proprietários territoriais dividiam seus vastos domínio em pequenos senhorios quase independentes, o rei era apenas o soberano nominal de todos os senhores da coroa.   Estes por sua vez, enfeudavam parte de seus domínios a outro nobres menos qualificados (viscondes, barões, etc....) que por isto se tornavam seus vassalos, podendo estes ainda se constituir senhores de vassalos. Estas espécies de governo, assim reduzidos e fragmentos feudais, constituía uma verdadeira escada hierárquica em que um ou seja cada um era ao mesmo tempo soberano e vassalo.
Os efeitos do feudalismo na igreja eram:
Retardava o progresso de centralização da autoridade do papa;
Por outro lado, feudalismo era geralmente favoráveis a realização final do poder hierárquico. Colocou nas mãos da igreja vastos terrenos.
A Lei Canônica e a Lei Civil
A lei canônica que definiu  minuciosamente os deveres e direitos preláticios do clero, monges, freiras e leigos, fixando as penalidades de todas as transgressões. Foi dia a dia tomando maior incremento e influências.
Havia tribunais eclesiásticos graduados que correspondiam aos tribunais civis, os quais mais tarde se transformaram na Cúria-Romana, tribunal de apelação para toda a Cristandade. Estes tribunais tornaram-se os mais terríveis inimigos dos tribunais civis.
A Vida Monárquica Na Idade Média
As seguintes  razões do espantoso desenvolvimento do nível monárquico:
1-     Crença geral de vida monárquica era uma vida de méritos;
2-     Perfeita adaptação das ordens monárquicas aos propósitos da hierarquia e o encorajamento que os papas, no seu  próprio interesse, lhe deram;
3-     O estado de monarquia reinante na Europa Medieval, fazendo que muitos fossem buscar nos conventos refúgio tranqüilo e pacífico;
4-     A quase ausência de meio de instrução em toda a Europa, forçando os que tinham gosto pelo estudo a procurar os mosteiros, naquele tempo, os centro de sabedoria e letras do mundo;
5-     A oratória entusiástica e glorificadora das supostas virtudes do poder monárquico cujos arautos eram homens de talento como Francisco, Bernardo, Benedito e Dominiciano.
6-     Os favores dispensados aos conventos pelos papas, tornando-os em situação desafogo e independência dos bispos.
Os resultados mais notáveis que forma causa do monarquismo medieval:
1-     As ordens monárquicas absorveram quase toda  a vida Cristã da época;
2-     O cultivo das letras praticado com maior ou menor esmero pelos monges fez dos mosteiros  reservatórios de cultura e saber;
3-     Quase toda a  obra de propaganda, proselitismo e filantropia efetuado durante a Idade Média foi dirigida e executada pelos monges;
4-     Foram ainda os monges os mais proeminentes escritores, pregadores, teólogos e filósofos dos tempos feudais;
5-     Cabe aos monge vasto quinhão da iniciativa das cruzadas como também na direção e responsabilidade de muitas delas, e na repreensão da heresia por meio da inquisição;
6-     Graças à grande popularidade de que gozavam os mosteiros amontoaram   grandes fortunas, das quais resultou o desligamento dessas ordens abastadas de elementos desejosos de um viver simples e flugal;
7-     Os mosteiros foram endividados e pelos grandes pensadores e líderes como: Erasmo, Tauler, Spauptiz e Lutero.
8-     Por motivo da liberdade de doutrina e vida dentro dos mosteiros (exceto no sentido de fidelidade ao papa) foram evitadas grandes separações dos Cristãos  sinceros da Idade Média.
Os males do Monarquismo (dos próprios escritores católicos):
1-     Por um lado vêem-se: Herotismo, negação de si mesmo, industria, zelo pelos conhecimentos sacros, cultivo de letras, simplicidade de vida, entusiasmo missionário, virtudes religiosas, etc.... Por outro lado, vêem-se: indolência, luxo, tropez, vícios, ignorância, imoralidade, intolerância, superstições, fanatismo, etc....
2-     A subtração de tantas vidas à atividade humana e acúmulo de vastos capitais para o sustento dos mosteiros deram prejuízos para as famílias e para a reprodução da raça e também à economia  das famílias.
As Cruzadas
Dá-se o nome de cruzadas às expedições de caráter mais puramente militar levadas a cabo pelos Cristãos dos séculos doze e treze a fim de libertarem a Terra Santa do poder dos infiéis.
As Condições Que Precipitavam as Cruzadas
A miséria assoladora e o desespero conseqüente em que estava as classes desprotegidas, fizeram com que os homens se resolvessem a lançar mão de qualquer meio que tendesse para melhoramento social;
Acrescia ainda o eminente perigo da opressora invasão maometana do Oriente, que a todo custo desejavam evitar;
O Catolicismo Romano estava convertido em cerimônia em que predominam a superstição e o fanatismo. A veneração de certos lugares era conhecida como dispensadora de benefícios  espirituais. As peregrinações para a Palestina eram consideradas as mais benéficas.
A conversão da Hungria, que abriu um caminho da terra para a Terra Santa, se inclinava a multiplicar o número de peregrinos.
E, em 1010, o sultão Hakem, fanático até a loucura, ordenou a destruição dos principais santuários Cristãos em Jerusalém. A conquista da Ásia menor pelos turcos (1076) agravou a situação. Os peregrinos sofriam injustiças, roubos e atos de sacrilégios.
Explicação das Cruzadas
A primeira ocorreu com a pregação de Pedro, o Eremita, com o encorajamento do papa Urbano II e em 1095, o concílio de Clemente dava sua benção a Cruzada. Aos príncipes foram prometidos “tréguas de DEUS” com a participação na cruzada e a maior parte dos participantes pôs suas riquezas, armas e vida a disposição do papa. As 6.000.000 pessoas, fora as mulheres e crianças embarcaram na primeira cruzada, pilhando e destruindo territórios onde passavam. Esta grande cruzada chegou a Jerusalém somente 40.000 sobreviventes, mas a vitória era apenas parcial.
Durante cinco anos, umas nove cruzadas se realizaram cada qual com a maior soma de prejuízos, quer de homens, quer de dinheiro.
Os Resultados Permanentes das Cruzadas
Aniquilamento de a quase todas as senhoras feudais, preparou o caminho para a centralização monárquica e fundação das grandes nações;
Para o papado foi a áurea para a aquisição de riquezas e estabelecimento do poder papal;
Deram grande impulso ao comércio entre o Oriente e o Ocidente fazendo conhecido os produtos orientais na Europa e vice-versa;
As letras, as artes e as ciências que os orientais cultivavam foram importantes para o Ocidente onde sentiram os seus resultados benéficos.
A fundação das grandes universidades na Idade Média foi sobretudo obra das letras orientais trazidas pelas cruzadas, de cujo influxo também se ressentiu a Renascença;
Da mesma forma que as cruzadas contribuíram a princípio, para o fortalecimento do poder papal, foram, no fim, a causa do seu enfraquecimento. Os papas continuaram a advogar as cruzadas depois de as tornarem impopulares, o resultado foi um descontentamento geral, especialmente entre os que pensavam por si mesmos em proclamar a liberdade de pensamento e as grandes empresas comerciais, industrias e governamentais que já não mais suportavam as idéias das cruzadas.
A Inquisição
A Igreja Católica nunca estava fora de dissensões e reações internas e externa. Todas estas eram consideradas heresias e este um pecado mortal, crime atroz que urgia reprimir a todo custo. Durante o século XII, cresceu descontroladamente a dissidência. Este estado sempre progressivo necessitavam de repressão  séria e sistemática, quer por meio de pregações quer pelas forças civis.
O terceiro Concílio de Latrão 1179 decretou a perseguição sistemática dos “hereges”.
O quarto Concílio de Latrão 1215 decretou que os governadores seculares confiscassem os bens dos “hereges”, sendo eles sob pena de serem excomungados, depostos e privados de seus haveres.
Em 1233, a inquisição foi declarada a um departamento especial de governo papal e entregue aos dominicianos.
O resultado efetivo da inquisição em qualquer lugar do país dependia de maior ou menor servilismo dos  governadores seculares ao papa. Os países latinos, a França, a Espanha, a Itália, foram os lugares em que este fatídico tribunal fez maiores proezas, em face da extrema catolicidade dos governadores e súditos.

O Escolasticismo
O tipo de teologia predominante neste período foi chamado de ecolástico, por haver originado das escolas. Seus alvo foi descobrir ou desenvolver novas verdades, mas a justificação lógica das existentes na igreja. A matéria submetida a análise consistia em frases dos padres, dogmas da igreja, os cânones dos concílios, os decretos dos papas, etc.....Este processo em nenhum sentido foi teologia bíblica, assim depois se degenerou as trivialidades.
Era medieval, a igreja católica nunca esteve tão dominante como nesta época.
O Papado – Os primeiros Papas Durante  a Era Medieval 800-1268
A coroação de Carlos Magno abriu a história políticos eclesiásticos da Europa um novo período, no qual  os dois poderes, o civil e o papal aparecem intimamente ligados, em busca de ideal comum , de poderio e domínio.
Leão III (795-846), o período começa com Leão II assentado na cadeira pontifícia. Foi ele quem colocou Carlos Magno com imperador no ano de 800.
Estevão IV (816-817), este papa coroou o rei Luiz o Pio, em Roma, o ato que elevou ainda mais a posição do papa.
Gregório IV (827-844), foi nos dias desse papa que apareceram falsos documentos a favor da prerrogativa papal. Gregório defendeu Roma contra os serracenos.
Nicolau I (858-867), ascendeu a cadeira papal num momento de agitação e desordens. Aproveitando-se dos documentos falsos a favor da absoluta soberania e irresponsabilidade do papado, procurou afirmar os direitos  de supremacia do papa e de sua jurisdição suprema.
Afrião II (867-872), trabalhou principalmente à sombra da influência atingida pelo seu antecessor.
João VIII (872-882), o maior problema durante o papado de João VIII  foi a ameaça serracena, forçando-o a pedir ao novo imperador Carlos a sua proteção, mas Carlos e o papa aceitaram o tratado humilhante com os serracenos.
Papas de 882-903
Este período caracteriza-se pela torpe degradação em que ratejaram os detentores do poder papal. O poder papal enfraqueceu-se, notadamente. As eleições pontifícias  feitas nesse período são memoráveis pela torpeza que as acompanhou. O papa Formoso subiu ao poder em 891 e dois anos depois de sanguinolento pontificado, morreu, provavelmente envenenado.
Estecão VI, foi aprisionado e morto. E depois foi eleito o papa Marino, cujo pontificado durou meses. João X, feito papa, procurou abrogar os atos de Estevão, e de fato abrogou muitos deles. Leão V, depois de um breve pontificado, foi morto por se próprio capelão seu sucessor. Mas ao assassino coube o mesmo fim trágico, decorrido apenas  oito meses.
De 903 a 962, Sergio III, abre este período, e com ele começa a influência perniciosa de uma aventureira de linhagem sobre o governo papal. De  936 a 956 o papado esteve sob influência de Alberrico, que nomeou quatro papas. Um filho do mesmo, sob o nome de João XIII, assumiu o ofício papal sendo o seu pontificado tido como um dos mais imorais e licenciosos. Este papa morreu assassinado.
Otão e o papado, Otão, o Grande, fez sentir e aus interferência no reinado em 983, com a convocação de um sínodo para depor o imoral João XIII e substituí-lo por Leão VIII.
Durante este período, até 1073, foram nomeados vários papas e os imperadores ficaram no direito de nomear e controla-los para evitar a dissolução completa do clero.
Hildebrando (1073), foi inquestionavelmente o maior  estadista eclesiástico da Idade Média. O espírito do papado encarnou-se nele. Seu objetivo foi tornar um fato o domínio universal absoluto do papado, e  sua política subordinou-se completamente a este propósito. Este papa tomou o nome de Gregório VII.
A política do partido de Hildebrando foi libertar o papado e a igreja em geral, dos influenciados leigos, reduzir a absoluta sujeição ao papa, todos os metropolitanos, bispos, abades e os demais elementos do clero, obrigar os reis e os príncipes a agirem no interesse do governo papal.
Pelo Concílio de Roma – 1059 – Foi Decretada
1-     A nomeação do papa pelos bispos cardeais sancionada pelo clero cardeal e depois aprovada pelo clero inferior e os leigos.
2-     Nenhum oficial da igreja, sob protesto algum, pode aceitar benefício algum de qualquer leigo ou ser chamado a contar ou dar conta a jurisdição.
3-     Nenhum Cristão pode assistir a missa rezada por padre de quem se sabia ter concubina. Este último ponto incluía os padres casados.
Apesar da renhida oposição, Hildebrando, executou a risca esses decretos. No entanto a vitória de Hildebrando, nunca foi completa ou permanente. O imperador Henrique que foi humilhado e excomungado por Gregório VII, depois recuperando-se, tomou Roma, e destronou-o, este papa morreu no exílio.
O Papado no Seu Auge
Inocêncio III (1198-1216), aproveitou as prerrogativas papais firmando umas  e alargando outras. Foi durante seu papado que o poder papal, que evoluía gradativamente através dos séculos. Chegou ao auge.
Inocêncio III retratou-o com os últimos retoques e a estrutura permaneceu certamente por todo o século. Ele foi o maior papa do século XIII. Conseguiu aproveitar as condições favoráveis para a unificação de todos os elementos e assim tornou o papado supremo. Foi ele o primeiro papa que instou que o papa não era somente o representante de DEUS na terra, mas o vigário de Cristo, aquele que faz as vezes de DEUS na terra, e como tal, tinha o direito, de empunhar duas espadas, a espiritual e a temporal.
O quatro sínodo de Latrão, em 1215, o maior da Idade Média, reconheceu a supremacia universal e apoiou suas reformas.
Gregório IX (1227-1241) continuou excelentemente o trabalho de Inocêncio III. Foi este papa que declarou o domínio papal em todo o mundo e sobre coisas e pessoas
Inocêncio IV (1265-1276), fez tudo quanto pode para promover nova cruzada. Declarou a finalidade excomunhão de todo aquele que não recebessem a eucaristia ao menos uma vez por ano. Era o esboço da inquisição nascente.
Declínio do Poder Papal
Do século treze em diante começa o suave declínio do poder papal para o que concorreram fatos e circunstâncias históricas diferentes.
Com o século XIII desapareceu completamente o gosto pelas peripécias românticas que foram a alma das cruzadas.
A corrupção constante na corte de Roma, o favoritismo e o mercantilismo que presidiam as decisões do papa e da Cúria, igualmente estimulava a dissidência.
A imoralidade dominava e clero;
A cadeira papal era objeto de ambição mais desenfreada;
A influência adquirida pelos fracassos na Itália e Sicília após a queda dos imperadores germânicos foi sobremoso prejudicial ao papado.
Bonifácio VII (1294-1303), subiu a cadeira pontifícia no meio destas condições tão favoráveis ao papado, mas sem se adaptar a elas conservou aquele espírito de arrogância e mandonismo, muito característico de seus antecessores. Tentou manipular e influenciar as relações internacionais, como por exemplo entre França e Inglaterra, mas falhou miseravelmente. O clímax de todas as brigas entre o papa, e parcialmente o rei da França, fez com que o papa fosse preso pelos agentes de Felipe, rei da França e faleceu tempos depois.
O cativeiro Babilônico
Depois da morte de Bonifácio a corte papal rastejou na mais pútrida devassidão. Em 1305, foi eleito um francês, Clemente V, como papa. Este não foi a Roma, mas estabeleceu sua corte papal em Avignon e tornou-se subserviente de Felipe, rei da França. Aqui, ele e seus sucessores, todos franceses, serviram  setenta anos  como virtuais vassalos da França. Tão notório se tornaram as condições que os historiadores católicos estigmatizaram o período de cativeiro babilônico do papado. A literatura da época está cheia de alusões sarcásticas aos vícios da burguesia e dos frades, e na Alemanha a exaltação eclesiástica chegara a revolta. Foi por este que os movimentos chefiados por Wyoliffo e João Huas, este na Boêmia e aquele na Inglaterra, aconteceram.
O Cisma Papal (1378-1449)
Em virtude da presença da corte papal de Roma em Avignon. Na França, aconteceu que a Europa está sulcada de inimizades internacionais.
A catolicidade européia cindiu-se ficando uma parte com a França e outra com os italianos a frente, batendo-se pela volta da corte pontifícia a Roma. Aparecem então dois papas, um lançado anátemas e maldições sobre o outro, e cada qual julgando-se legítimo chefe da cristandade.
Naquela época a universidade de Paris torrnou-se a corporação do sumo prestígio a intervir a favor da conciliação. As bases da sua proposta apresentada em 1394 foram:
Ambos os papas resignarem;
Convocação pelo rei de um concílio geral que pudesse ter adisputa. Pouco tempo depois morreu Clemente e os cardeais de Avignon elegeram Benedito XIII, cujo pontificado foi um tecido de agitações.
Em 1408, houve uma conferência em livorno, entre representantes dos dois papas e um ano depois reunia-se um concílio geral de Pisa. Discutida largamente a questão, ambos os papas foram declarados cismáticos, heréticos e excomungados. O concílio elegeu então papa o cardeal de Milão que tomou o nome de Alexandre V.
A questão não ficou resolvida, pois três papas levantaram-se  disputando a cadeira pontifícia, cada um formando em torno de si um considerável número de admiradores.
Em 1414, reuniu-se outro concílio em Constança, com duplo propósito: estancar a dissidências, principalmente o movimento de Huss, e por termo ao Cisma papal. Foi então escolhido para papa o cardeal Colona,  que tomou o nome de Martinho V.
O cisma não foi resolvido até 1449 e através de vários concílios foram tentando achar a solução.
O pontificado de Nicolau V (1448-1455) foi notável em prodigelidade, tendo sido construído nesse tempo o vaticano e a Basílica de São Pedro. Considerados como duas magníficas  obras de arte. O sucessor de Nicolau V, foi Carlito III(1445-1458/), que declarou guerra aos turcos.
Sixto IV (1471/1484), animado pelo desejo de fundar um principado para seu neto, ou segundo Maquiavel, seu filho ilegítimo, favoreceu a conspiração contra a vida de Juliano e Lourenzo de Médici, que resultou no assassínio do primeiro na banqueta do altar durante a celebração de uma missa.
Inocêncio VIII (1484-1492), para melhorar fortuna de deus seis filhos ilegítimos, planejou contra Nápoles e recebia tributo anual de Sultão, por manter seu irmão e rival na prisão em vez de envia-lo como cabeça de um exército contra os turcos, inimigos da cristandade.
Alexandre VI (1492-1503), papa espanhol cuja iniqüidade nos faz lembrar o tempo do obscurantismo papal do décimo século. Dizem que ele morreu do veneno que havia preparado para um rico cardeal, que subornou ocozinheiro para servi-lo ao próprio papa.
Juliano II (1503-1513), satisfez a ambição de sua família, na maneira mais ignóbil, regozijou-se na guerra e na conquista e se propôs estender os estados da igreja.
Esta absorção dos papas em empresas pessoais e mundanas não se deu numa época de ignorância, senão no período do renascimento literário  e quando a Europa tinha entrado numa era de invenções e descobrimentos  destinados a transformar a civilização. O estado de desmoralização em que a igreja Romana se achava na véspera de reforma era um fato geralmente reconhecido.