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sexta-feira, 13 de maio de 2011



RELAÇÕES CRISTÃS

“Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Efésios. 5:21)

Efésios 1-3 deu a teologia básica da Igreja. Do capítulo 4 em diante, Paulo discutiu a aplicação prática dessa teologia à vida cristã, que, entre outras coisas, ele conserva a unidade em meio à diversidade, enfatiza a caminhada cristã e constrói relacionamentos adequados.

Na análise final, o cristianismo é uma religião de relacionamentos dos crentes com Deus e uns com os outros. Não faz sentido pretender ter uma relação vital com Deus sem que esta relação afete a maneira como nos relacionamos com a família e com a comunidade. Igreja, lar e trabalho são os ambientes básicos da vida cristã. Não se pode ser santo na Igreja e demônio em casa.

Sujeitando-vos uns aos outros

Qual é atitude básica do relacionamento cristão? (Efésios. 5:21)

A submissão cristã não deve ser confundida com servilismo, mas com a atitude adequada de humildade e consideração mútuas. É fácil reconhecer que essa atitude não é natural do ser humano, mas resultado da plenitude do Espírito, como também é o caso da comunhão e da adoração, dos cânticos e louvores e da gratidão ininterrupta (Efés. 5:19,20).

Assim considerada, a submissão não tem significado que normalmente lhe damos. A visão bíblica da submissão de forma alguma ensina uma posição ditatorial, autoritária e injusta nas relações sociais, onde um exerce pode e outro rasteja desamparado. Onde a submissão se constitui uma violação à consciência, ou contradiz a vontade de Deus, a posição corajosa de Pedro: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29) deve assumir o comando. O que a esposa, ou a filha, deve fazer quando o homem da casa insiste em que ela caia na prostituição a fim de atender suas necessidades econômicas? O que o filho deve fazer se o pai lhe ordena colocar-se na rua para vender drogas? Submeter-se? Nunca. A submissão nas relações humanas nunca é absoluta nem inquestionável. Na sua fronteira está a vontade de Deus. Submissão “no temos de Cristo” requer respeito por parte da esposa e dignidade e honra por parte do marido. Nenhum filho de Deus deve se tornar nem deve ser tratado como capacho.

Autoridade (Efésios. 5:22 e Efésios. 6:1,5)

A posição de liderança de Cristo é o modelo ao qual a Igreja se sujeita. Da mesma forma, a posição de liderança do marido, pai e senhor deve seguir o modelo estabelecido pelo cristianismo. Autoridade não é tirania nem é ilimitada. De fato, Paulo argumenta que tanto a autoridade como a submissão devem ser exercidas em Cristo. Amor, não poder, é a motivação por trás da autoridade para preservar a ordem de uma unidade organizacional como a casa ou o lar.

Diante do Senhor, todos estamos em igual condição: pecadores, necessitados da graça divina. Embora os conceitos de autoridade e submissão tenham sido pervertidos, isso não significa que não sejam bíblicos. Os que estão em posição de autoridade devem sempre lembrar-se de quem são em relação para com Deus e para com os que podem estar sob sua autoridade. Marido e esposa (Efésios. 5:22-25)

Esta longa sentença é um testamento cristão sobre a santidade do casamento, que precisamos afirmar cada vez mais fortemente, nesta época em que o casamento se encontra sob ataque. A taxa de divórcio está crescendo cada vez mais, e o papel do lar na sociedade está cada vez mais abandonado. O apóstolo aconselhou os crentes a darem atenção a dois pontos significativos:

1-) Deus criou o casamento. Ele ordenou que homem e mulher se tornassem uma só carne. É por essa ordenança que o casamento recebe sua santidade.
2-) No casamento, o marido é descrito como a cabeça, assim como Cristo é a cabeça da igreja. A liderança de Cristo é definida pelo que Ele fez: amou a Igreja, sacrificou-se. A Igreja é como uma noiva com seu noivo (Cristo). Paulo está ordenando que o marido faça o que Cristo fez, e que a esposa responda como a Igreja fez.

Submissão e amor não colocam os cônjuges em posições antagônicas no casamento, mas os une. Afinal, submissão significa entregar-se totalmente ao outro.

Filhos e pais (Êxodo 20:12 e Efésios. 6:1-4)

Nenhuma outra religião ou filosofia fez tanto pelas crianças como o cristianismo. Willian Wilbeforce, cristão devoto, fez cessar o trabalho infantil na Inglaterra. Willian Carey, pioneiro das missões cristãs, agiu para pôr fim ao casamento infantil e à cremação das viúvas na Índia. Ainda hoje, em áreas rurais da Índia, crianças não desejadas são sufocadas ou envenenadas, e os hospitais e pastores cristãos instalam berços fora de suas portas, para que essas crianças sejam colocadas ali, sem que ninguém note.

Na cultura romana, crianças fracas e deformadas eram afogadas (Barclay). Em uma época assim, Paulo escreveu aos pais cristãos e a seus filhos em uma famosa cidade romana. Como as crianças devem ter ficado encantadas por serem reconhecidas na carta do grande apóstolo!

A educação cristã deve começar em um lar cristão, e a primeira lição que as crianças devem aprender é a obediência e honra aos pais no Senhor. A primeira responsabilidade que os pais devem ter é a de ser modelos coerentes, não provocando os filhos à ira por uma vida de hipocrisia e incoerência. “Uma família bem ordenada, bem disciplinada, é um poder maior para demonstrar a eficiência do cristianismo, do que todos os sermões do mundo”.

Escravos e Senhores (Efésios. 6:5-9)

O Império Romano tinha milhões de escravos nos dias de Paulo. Toda a estrutura econômica e social dependia do trabalho escravo. O direito de propriedade de um ser humano sobre outro, sem qualquer consideração ou respeito aos direitos e à dignidade que lhe foram outorgados por Deus, deve ter sido revoltante para um líder profundamente espiritual e sensível como Paulo.

Paulo reconhece que os escravos não podem mudar suas circunstâncias, mas podem conquista-las. Aqui temos uma boa filosofia cristã: embora não possamos destruir o mal no momento, não devemos deixar que o mal nos destrua.

O conselho de Paulo aos senhores é bastante específico. Ele os lembra que também têm um Senhor no Céu, de quem receberam graça e perdão dos pecados. Vem daí o seu apelo para que os senhores de escravos sejam bondosos, e não ameaçadores para com os seus servos.

O ministério de Paulo produziu frutos, e muitos senhores de escravos se tornaram cristãos fervorosos, juntamente com seus escravos.

O cristianismo não é uma filosofia, mas as boas-novas de relações redimidas. O Evangelho mostra seu poder não na arena de Atenas ou nas câmaras do Senado romano, mas nas ruas de Éfeso. Paulo sabia que uma teologia de redenção- maravilhosa como possa ser- só pode ter relevância se criar um mundo de novas relações.

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